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JUL
A expansão de um negócio pode se dar de diversas maneiras. E o primeiro passo para o investidor novato compreendê-las, é diferenciar filial e franquia. Afinal, em algum ponto, elas podem parecer semelhantes. Porém, suas diferenças são evidentes. Falamos um pouco sobre o tema para você tirar essa dúvida de vez!
A filial surge quando uma grande empresa decide parcelar suas operações e, por isso, cria uma empresa menor. Portanto, a filial possui CNPJ próprio, mas responde diretamente à matriz. Neste caso, é interessante observar que os oito primeiros números do CNPJ da filial são iguais ao do CNPJ da empresa principal. Dessa forma, há um vínculo entre as unidades.
Além disso, a marca é a mesma. As atividades e os funcionários da filial também são administrados pela empresa-mãe. E as suas movimentações financeiras fazem parte do balanço da matriz. Assim, a filial é apenas uma parcela da operação. É a matriz quem controla todo o processo de gestão, logística e expansão do negócio.
É comum vermos filiais que, na verdade, são apenas divisões de alguns dos setores da matriz, como Marketing, Recursos Humanos e contabilidade, por exemplo. Mas é igualmente comum vermos filiais que são exatamente como a matriz, só que menores.
Em todo o caso, as filiais são criadas para reduzir custos de logística e expandir a atuação da empresa.
Já a franquia é um modelo de negócios bem diferente da filial. Afinal, a franqueadora concede uma licença do uso da sua marca para o franqueado. Neste caso, ele poderá utilizar a marca, os produtos e os serviços, bem como o sistema de operação da franqueadora.
Para que a atuação da franquia seja alinhada à rede, o franqueado recebe também um amplo suporte, que envolve treinamentos, capacitações, campanhas de marketing, consultoria, o plano de negócios e a transferência de know-how.
Nesse sentido, o franqueado é, antes de tudo, um investidor. E, por isso, precisa compreender alguns termos bem específicos, como:
Enquanto a filial é administrada pela empresa-mãe, a franquia é administrada por investidores. Essa é a principal diferença entre os conceitos. Mas existem outras diferenças que devem ser reconhecidas.
O investimento para abrir uma filial é realizado pela matriz, que também é responsável pela sua gestão e manutenção financeira. No entanto, isso não ocorre na franquia. A franqueadora, pelo contrário, recebe um valor para autorizar o uso de sua marca. O investimento, neste caso, é de um terceiro (o franqueado), que assume todos os custos da operação.
No tocante aos colaboradores, a matriz inclui os funcionários da filial em sua folha de pagamento. E isso não também acontece na franquia, pois é o franqueado que assume o custo de pessoal.
Quanto à rentabilidade, a filial reverte lucros e rendimentos para a matriz. Na franquia, o franqueado deve somente pagar os royalties ou taxas cobradas, mas obtém seus próprios lucros.
Já a responsabilidade legal de uma filial é atrelada unicamente à matriz. Na franquia, é o franqueador que responde por tudo. A franqueadora não tem responsabilidade solidária, exceto se ocorrer desvirtuamento do contrato.
Por fim, vale destacar ainda o controle de qualidade dos produtos ou serviços. Na filial, essa tarefa é realizada diretamente pela matriz. Na franquia, há o monitoramento da qualidade, e o franqueado deve atender ao padrão, sob pena de ser desligado da rede.
O investidor novato deve compreender bem os conceitos empresariais antes de adentrar no mundo dos negócios. Franquia e filial são opções de expansão de negócios, mas são muito diferentes. E cada modelo possui vantagens e desvantagens. Cabe ao empreendedor avaliar seus anseios para decidir.
Quer entender mais sobre franquias? Veja quais são seus principais custos!