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A maior parte da população brasileira não sabe falar inglês. Embora as aulas tenham se tornado obrigatórias a partir de 2020, o contexto é negativo para assimilar a língua, principalmente em escolas públicas. Em geral, o ensino de idiomas é defasado, o que obriga os alunos a procurarem cursos por conta própria para terem o mínimo de proficiência.
Salas lotadas, carga horária de aulas baixa e professores exaustos são apenas alguns dos fatores que explicam por que o Brasil não sai do básico no inglês. Nesse sentido, confira alguns dados sobre o ensino de idiomas no mercado brasileiro e entenda por que essa pode ser uma ótima oportunidade para quem deseja empreender.
Um estudo da British Council, organização internacional do Reino Unido para relações culturais, mostra que apenas 5,1% da população com 16 anos ou mais afirma ter algum conhecimento do idioma.
Embora a porcentagem dobre na população de 18 a 24 anos (10,3%), a quantidade ainda é muito baixa, principalmente para suprir as exigências do mercado de trabalho.
A educação básica defasada e o difícil acesso ao ensino de idiomas são fatores que contribuem para essas taxas.
O mesmo relatório mostra a importância do inglês para o mercado no mundo inteiro. Em uma pesquisa de 2013 feita com executivos de 77 países, 91% afirmaram que a língua é o principal idioma nos negócios internacionais.
Já outro estudo, também da British Council, abordou a formação dos professores de escolas públicas.
Enquanto no Rio de Janeiro quase todos os professores possuem graduação em língua estrangeira (98,4%), nos estados de Roraima e Mato Grosso um em cada cinco professores de idiomas têm apenas formação no Ensino Médio.
No geral, apenas 45,3% deles têm formação superior na área.
Em 2017, o Brasil estava em 41º no English Proficiency Index (EPI ou Índice de Proficiência em Inglês), com 51,92 pontos.
No entanto, caiu para 53º em 2018, com 50,93 pontos. Em 2019, amargou o 59º lugar, voltando ao 53º em 2020, com 490 pontos (o estudo apresentou um sistema diferente de pontuação). Entre os países latino-americanos, o Brasil está em 10º lugar.
O EPI divide os países em cinco níveis de proficiência: muito alta, alta, moderada, baixa e muito baixa. Desde a criação do relatório, em 2011, o Brasil sempre apareceu na classificação baixa — exceto em 2012, quando esteve na categoria muito baixa.
O relatório informa que, em 2015, um estudo no Brasil descobriu que 87% dos adultos entrevistados pagaram por cursos de inglês desde que completaram a sua educação.
Outro aspecto que corrobora essa baixa proficiência é a falta ensino de idiomas nas principais universidades do Brasil — algo que é comum em países europeus e asiáticos.
Segundo o relatório Políticas Eficazes, Escolas de Sucesso, o Brasil está entre os seis países que menos estudam línguas estrangeiras.
O estudo, que avaliou 600 mil alunos em 79 países, se baseou nos dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2018.
Para você ter uma ideia, enquanto a média dos países analisados foi de 3,6h de estudos por semana, o Brasil ficou com 1,8h, passando apenas Austrália (1,2h), Nova Zelândia (1,2h), Brunei (1,6h), Reino Unido (1,7h) e Malásia (1,7h).
O documento foi elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Matéria da revista Educação de 2015 mostra alguns dados sobre o perfil do professor do ensino de idiomas na escola pública e indica por que o inglês ainda não decolou no Brasil:
Como vimos, o Brasil é um país carente de acesso a um bom ensino de idiomas. Isso porque, infelizmente, as aulas ministradas nas escolas não conseguem desenvolver o básico para leitura e conversação.
Portanto, empreender com uma escola de línguas é uma forma de investir na educação e ajudar a suprir essa necessidade.
E uma das formas de empreender no mercado de educação, é por meio de franquias de inglês.
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