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FEV
A sala de aula já não é mais um lugar onde as pessoas aprendem só a ler, escrever e calcular. Crianças, adolescentes e adultos passam muito tempo na escola. Por isso, trabalhar competências socioemocionais é cada vez mais importante.
Você sabe o que é isso? Continue a leitura, entenda o que são essas competências e saiba como desenvolvê-las no contexto educacional!
Competências socioemocionais podem ser descritas como as habilidades que usamos nas nossas relações.
Isso vale tanto para relações interpessoais quanto para a relação de alguém consigo mesmo. E até para as relações das pessoas com as atividades ou os desafios diários.
Alguns exemplos são o pensamento crítico, o respeito e a persistência. Essas competências são muito importantes em diversas áreas. Na escola, no trabalho, nos relacionamentos amorosos e sociais, elas fazem diferença a todo momento.
Por exemplo, um funcionário proativo é muito bem-visto. Um estudante perseverante consegue boas notas com facilidade. E um cônjuge empático está um passo mais próximo de um casamento feliz.
Por isso, as competências socioemocionais também fazem parte do currículo escolar. Não basta ensinar aos alunos regras e datas: é preciso ensiná-los a serem pessoas completas.
E pessoas completas sabem se relacionar com outras, consigo mesmas e com tarefas diárias.
Apesar de as competências socioemocionais serem muito variadas, algumas são mais comuns. Elas aparecem em nossas vidas diariamente e, por isso, precisam ser melhor trabalhadas. São elas:
Como podemos ver, trabalhar as competências socioemocionais em sala de aula é fundamental.
Mas não é sempre fácil e, muitas vezes, não é óbvio. Afinal, não é uma disciplina como Física ou História.
Nesse caso, como trabalhar essas competências com os seus alunos? Confira algumas dicas.
Competências socioemocionais são ensinadas o tempo inteiro. Elas não precisam ter um professor designado ou uma disciplina específica. É possível ensiná-las na hora do intervalo, durante uma prova ou a qualquer momento de uma aula.
Muitas vezes, elas são ensinadas pelo exemplo. Afinal, os alunos sempre percebem como o professor se comporta. E, em algumas situações, os próprios estudantes as ensinam para os colegas. Toda nova interação se torna um momento de aprendizado.
Mude o foco da sala de aula
Para trabalhar melhor essas competências, é preciso dar mais espaço para os alunos. Em vez de fazer aulas centradas no professor, em que só ele fala, mude o foco para os estudantes.
Deixe que eles pesquisem, façam perguntas e procurem respostas. Incentive a tentativa e o erro. Isso dá mais espaço para experimentar e aprender.
Leve ferramentas e propostas para que os estudantes se conheçam melhor. Criar um autorretrato, fazer autoavaliações e trabalhar em projetos autorais faz muita diferença.
Geralmente, quanto melhor uma pessoa se conhece, mais ela é capaz de se relacionar bem com os outros.
Uma aula comum, baseada em livros didáticos e exercícios de preencher lacunas, é um modelo muito fechado. A melhor maneira de trabalhar as competências socioemocionais é buscar um ensino mais livre.
Leve filmes, séries, vídeos, livros, podcasts, pinturas e outros materiais. Incentive o debate, a opinião e a criação a partir deles.
No geral, estimular a discussão e a interação com os colegas é uma ótima forma de trabalhar essas competências. Afinal, é no contato com o outro, seja bom ou ruim, que aprendemos a lidar com todo tipo de situação.
As competências socioemocionais aparecem mais do que imaginamos em sala de aula. Trabalhando com elas, você forma alunos que serão cidadãos completos, prontos para lidar com o mundo.