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Uma das questões mais discutidas em educação é como o conhecimento pode ser usado no dia a dia dos alunos. Isso porque muitos jovens terminam o Ensino Médio e se sentem perdidos. A questão é que várias das competências exigidas pelo mercado de trabalho podem tranquilamente ser ensinadas no período escolar. Nesse sentido, será que você prepara os estudantes para que eles se tornem profissionais do futuro?
É bem verdade que as exigências do mercado de trabalho mudam constantemente. No entanto, as características certas tornam os jovens preparados para as novidades e transformações. Nesse contexto, entenda quais são as principais habilidades dos profissionais do futuro e o que você pode fazer para trabalhá-las em sala de aula com os alunos!
No relatório The Future of Jobs, a Organização das Nações Unidas (ONU) listou uma série de competências que os profissionais do futuro devem ter. Veja quais são elas.
É a habilidade de aprender sobre campos de conhecimento diferentes. Por exemplo, uma pessoa pode entender muito de literatura e pouco de matemática. Mas se ela estiver aberta ao aprendizado, desenvolverá a sua flexibilidade cognitiva.
Para desenvolver essa habilidade, é fundamental ter um repertório bem diverso: ler materiais diferentes, fazer novos cursos e explorar habilidades fora da zona de conforto. A flexibilidade cognitiva se obtém pela disposição em se abrir para conceitos e aprendizagens.
É muito difícil negociar com uma pessoa inflexível, que não se abre a um consenso razoável para ambas as partes. Portanto, a capacidade de negociação é muito valorizada pelas empresas.
Lembrando que ela não se limita a clientes. Aqui, é a habilidade de resolver problemas com colegas, chefia e stakeholders, chegando a soluções que sejam viáveis para todos os envolvidos.
É a disposição para ajudar.
Novamente, é uma habilidade necessária em todos os âmbitos de uma empresa: tirar dúvidas dos clientes, orientar um novo colega de trabalho ou auxiliar alguém sobrecarregado.
Essa habilidade é ainda mais aprimorada quando o profissional conhece bem o seu cliente. Assim, consegue guiá-lo a produtos e serviços que estejam de acordo com o seu perfil.
Os profissionais do futuro já vão se desenvolver entendendo sobre Big Data, ou seja, a análise de uma grande quantidade de dados.
Aqui, eles precisarão analisar, extrair o necessário e encontrar insights para tomar as melhores decisões estratégicas.
Os profissionais do futuro sabem que não são máquinas. Assim, precisam entender as suas próprias emoções e, claro, avaliar as do público.
Essa gestão dos sentimentos ajuda a criar empatia e é fundamental no desenvolvimento de líderes melhores.
Afinal, um indivíduo com inteligência emocional consegue desde criar estratégias que toquem no coração do público até implementar uma cultura organizacional saudável.
A habilidade interpessoal é fundamental para o trabalho em equipe.
Quem consegue se comunicar com clareza facilita todos os processos, mantém bons relacionamentos e divide tarefas da melhor maneira possível.
Os profissionais do futuro podem até trabalhar sozinhos, mas sabem que respeitar prazos e ter um comportamento proativo são atitudes que facilitam todo o sistema.
Os profissionais do futuro terão habilidades de liderança capazes de fazê-los respeitáveis sem gerar medo em suas equipes. Afinal, o que faz um colaborador trabalhar com gosto é ver importância naquilo que faz e saber que é valorizado.
Saber gerir pessoas é oferecer as melhores condições de trabalho, entender a importância de um bom clima e criar um ambiente diverso. O bom líder sabe que o colaborador passa grande parte das suas horas úteis em função da empresa; portanto, ele deve ter à sua disposição um local saudável.
Além disso, faltas por conta de problemas pessoais acontecem e devem ser toleradas.
É uma habilidade bem semelhante à flexibilidade cognitiva, já que também exige um repertório diverso.
Aqui, o indivíduo pega todo o seu conhecimento para solucionar problemas diferentes. Ele pode usar, por exemplo, o seu gosto por artes cênicas para elaborar uma estratégia de marketing.
Por isso, o interesse em diferentes campos do conhecimento é muito importante para ter uma mente criativa e flexível.
É o tipo de pensamento que vai além do raso, do básico, do que todos já viram.
O pensamento crítico foi o que permitiu a evolução da sociedade, por meio da autocrítica e da observação de preconceitos que nos limitavam como pessoas.
O pensamento crítico envolve lógica, raciocínio e, claro, inteligência emocional. Dentro de uma empresa, isso permite desde encontrar problemas em estratégias até resolver conflitos.
É uma habilidade que se adquire com estudo e experiência. No entanto, também está associada ao pensamento crítico.
O importante é que o profissional esteja disposto a analisar todos os detalhes de um problema, para pensar em alternativas, estudar os seus prós e contras e mensurar resultados.
Os profissionais do futuro estão aí, na sua sala de aula. Sim: todos os seus alunos podem ter essas habilidades. E você pode desenvolvê-las. Veja como.
Empatia, felicidade, ética, paciência e autoconhecimento são algumas das competências socioemocionais que podem ser trabalhadas em sala aula. Certamente, elas serão muito úteis para o desenvolvimento da inteligência emocional.
Usar materiais atualizados com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), manter uma boa relação entre professor e aluno, proporcionar um ambiente acolhedor e oferecer abordagens fora do tradicional são formas de trabalhar essas competências.
Essas atividades não devem se resumir aos exercícios trabalhados na disciplina de Educação Física. É possível explorar músicas, danças, pinturas, brincadeiras e encenações. Tudo isso trabalha o conhecimento corporal e aumenta as possibilidades de autoexpressão.
Aproveitando o tópico anterior, ofertar arte aos alunos os torna mais criativos — algo que será fundamental não só para o trabalho, mas para a vida.
A arte possibilita conhecer novas culturas, abrir a cabeça para o diferente e trabalhar a flexibilidade cognitiva, proporcionando uma série de benefícios à saúde física e mental.
Portanto, reforçamos: incentive o canto, a dança, o desenho, o teatro e outras expressões artísticas em sala de aula.
Sim, o ensino de idiomas é essencial para os profissionais do futuro. E isso traz muitas vantagens além da competitividade no mercado de trabalho:
Atualmente, a criança e o adolescente já crescem usando tecnologias. Portanto, isso não pode ser ignorado em sala de aula.
O uso da tecnologia, aliás, faz com que os profissionais do futuro já se desenvolvam abertos para a chegada de novidades.
Wi-fi, lousa interativa, aplicativos, plataforma EAD, prototipagem e tecnologia 3D são alguns dos recursos que já são utilizados em muitas escolas e geram ótimos resultados.
Viu como é possível transformar os seus alunos em profissionais do futuro? Nesse contexto, uma das competências mais desejadas é a do pensamento crítico. Entenda melhor o conceito!